2020 foi um ano difícil e de grandes aprendizados. O novo coronavírus trouxe medo e insegurança. E a incerteza com o próximo ano ainda assombra os gaúchos. Por isso, não vai ser tão fácil, neste ano, o 13º salário sair do bolso dos gaúchos. Segundo a pesquisa, 43% dos entrevistados estão focados em guardar esse valor para emergências. Já 27% vão usar o recurso para pagar dívidas.
Tem quem disse que vai gastar esse valor “extra”, que alivia muitos no final de ano. 11% disseram que vão gastar com compras do cotidiano como, por exemplo, supermercado, roupas e eletrodomésticos. 8% vão utilizar o 13º para pagar IPVA, IPTU e gastos de início de ano. Apenas 7% vão comprar presentes, 2% reformar a casa e 2% pagar alguma viagem.
Mas o final de ano vai ser mesmo da economia. Os resultados do estudo mostram que muitos gaúchos vão apertar o cinto até nas tradições dessa época. Nem a ceia vai escapar: Quase um terço (27%) dos gaúchos vai fazer uma ceia menor e mais simples ou não vai fazer ceia de Natal e Ano Novo. 19% não vão viajar no final do ano e 15% não vão comprar presentes para amigos e familiares. Para economizar, 13% não vão participar de amigo secreto ou jantares de final de ano. As roupas novas também foram cortadas da lista de gastos de 10% dos entrevistados.
O presidente do Instituto de Estudos de Protesto do RS (IEPRO-RS), orienta que a função primordial do 13º “é ajudar a colocar o orçamento nos eixos - pagar contas deve ser o principal destino para o salário extra. Quem não tem dívidas deve utilizar esse dinheiro para criar ou engordar uma reserva de emergência. A terceira opção é pagar as contas tradicionais de início de ano como IPTU e IPVA e aproveitar os descontos de antecipação”.
O maior desejo para 20% dos gaúchos em 2021 é receber uma promoção ou aumento de salário. 17% pretendem arrumar um emprego. Guardar e investir o dinheiro é a meta de 16% dos gaúchos. Já para 11% é garantir o crescimento do seu negócio. “Uma curiosidade da pesquisa é que 2% dos entrevistados citaram a chegada da vacina contra covid-19, opção que não estava no nosso questionário, como o seu principal desejo para 2021. Isso demonstra o quanto as pessoas estão associando um melhor desempenho econômico e da sua própria vida à vacinação”, comentou o presidente.
Apesar de meses difíceis, os gaúchos estão otimistas para o próximo ano. 9 em cada 10 acreditam que a sua vida financeira vai melhorar em 2021 em comparação com 2020. Já 11% acreditam que vai ficar igual e apenas 3% acham que vai piorar.
O otimismo com a própria vida financeira não é o mesmo com relação à economia do país, apesar de ainda ser a maioria: 72% dos gaúchos acreditam que a economia do Brasil vai melhorar em 2021 em comparação com 2020. 13% acha que deve ficar igual e 14% acredita que vai piorar.
“A maioria dos gaúchos está otimista com o próximo ano. Isso é muito positivo, pois é preciso que a confiança na economia seja retomada para que o consumo e os investimentos cresçam”, salientou Mezzari.